4º Encontro:
Crítica em ensaio
Moderador: David Teles Pereira
Convidados:
Gustavo Rubim
João Barrento
Rosa Maria Martelo
Silvina Rodrigues Lopes
27 de Janeiro
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Edifício ID, r/c
18h-20h
Encenações de uma UTOPIA
em tempos de cólera
“Shadow,” said he,
“Where can it be —
This land of El Dorado?”
“Over the Mountains
Of the Moon,
Down the Valley of the Shadow,
Ride, boldly ride,”
The shade replied —
“If you seek for El Dorado.”
Edgar Allan Poe
Poucos lugares do mundo sofreram tantas variantes e tantas mutações territoriais como “El Dorado”. Sob a sentença de um sonho dourado, a história foi acumulando países fabulosos (Paititi, Trapalanda, Lin Lin, La Fuente de la Eterna Juventud, La Ciudad Encantada de los Césares), explorações, penosos confrontos, terras desconhecidas, minas e segredos, escravos, rubis e esmeraldas, canela e cravinho, névoas tropicais, gritos na selva. No século XVI, o fascínio do Novo Mundo fez nascer homens sem cabeça, monstros marinhos, seres deformados. Sobre o corpo delito de uma utopia – “Vulcão de ouro” (Júlio Verne), os “Tristes trópicos” (Levi Strauss), “A quimera de ouro” (Jack London), “Los mares del sur” (Vázquez Montalbán) -, a contemporaneidade vai povoando as montras das agências de turismo com viagens às Caraíbas e à Patagónia, enquanto o ocidente se vai amuralhando com políticas restritivas de imigração contra o sul. Como pensar ainda o caminho para El Dorado? Quem, como e por que procurá-lo? Como viver quando se vive numa ilha deserta, no sul? O sul pode ser também ao Oeste? O sul tem também o seu norte?
António Bracinha Vieira – “título”
Eduardo Pellejero – “O sul também (não) existe – aproximações a um território ficcional”
João Duarte – “A Patagónia de Chatwin: terra de todos os exílios”
Golgona Anghel – “A última noite de amor, o primeiro dia de trabalho”
Coordenação: Silvina Rodrigues Lopes
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
Torre B, sala 32
12 de Janeiro
18h-20h